sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Sonhos de um carangueijo


A compulsão dos sonhos vem me tornando um nó, onde me rasgo em pedaços tentando encontrar a falha perfeita. Queria poder perguntar as forças que se opõem ao meu sorriso, pois chega a se tornar contraditório. Deitar aos cacos e sonhar acordada, imaginando uma vida que jamais pertenceu a mim, me coloca aos risos, e de manhã aos prantos. Cada dor muscular desaparece vagarosamente, como se um furo as fizessem vazar. E quão maldoso é tal furo. Estou me perdendo aos poucos, envolvida pelo lancinante desejo de deixar de viver. E tudo por gostar de sonhar, pois a vida na escuridão do olhar passou a me tirar das fortes ondas que o vento ao meu oceano permitiu. E tal escuridão se tornou prazerosa, onde o verbo dormir ecoa como viver, e o viver passou a ser apenas um sufoco, a forçar a respirar. Tento falhar, mas minha insegurança me permite ajoelhar, chorar, e pedir o dom de volta. Estou vivendo em um ciclo vicioso, onde vou errar para cria distância, sentir falta e então voltar atrás.

3 comentários:

  1. Mew tu escreve bem demais . Confesso que tenho inveja,EHUEHUIEHEIU, mas parabéns gostei muito. Sucesso sempre !

    ResponderExcluir
  2. Eu sou o desconhecido que veio do nada, num pingar de uma gota eu aparecei sem querer procurando um sorriso. Me deparo a sua pele e aos seus olhos profundos, tão profundos quanto o quanto uma noite de inverno e seus cabelos estranhos. Procuro pelo sorriso e ali o encontrei, sei que vim do nada, mas por aqui estarei, se um dia descobrir-me, do seu lado continuarei

    ResponderExcluir
  3. Pollyana, obrigada de verdade, não tenha inveja, você também escreve, já vi em teu blog. Obrigada novamente, :)

    Psicopata, salvarei este texto, fiquei admirada. Principalmente pelo "psicopata".

    ResponderExcluir