terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Monstrinhos cachorros

Nunca me passou pela cabeça escrever sobre meus cachorros, não é o tipo de texto que escrevo também, mas hoje eu senti um aperto no coração. Eu estou crescendo e eles também, a cada ano que passa o tempo aumenta sua velocidade e eu tenho medo do que posso, e vou, perder. Primeiramente, Thor. Um rotwailler com uma personalidade engraçada, quando o peguei pela primeira vez, à seis anos, ele tinha o mesmo tamanho que a sua cabeça tem agora. Era para ele ser um cão de guarda, tinha aulas de adestramento e minha mãe morria de medo. Mas o acostumamos mal, eu que era orgulhosa não adimitiria que ele não virasse a barriguinha para pedir carinho, mordesse ou não dormisse no meu colo, então... eu o virava, agarrava ele, perdi a conta de quantas vezes levava uma mordida pequena no rosto. Agora temos um grande bobão.

Quando eu sento no chão, ele senta no meu colo, pensa que ainda o aguento. Vira de barriga para cima, faz charminho e fica extremamente animado com pessoas novas e crianças. Ele tinha um gato, o gato invadia a casa e ia direto para o pote de ração, carinhoso que é esse cachorro, eu o pegava lambendo o gato, dormindo com o gato, o gato se arastando nele, dividino o pote. Tive uma outra cachorra, uma mistureba de alguma coisa que encontrei na rua, seu nome era que que isso, sim, “quequeisso”, à chamava de quiquinha. Ela tinha o porte pequeno, dormia em cima do thor. Foi embora por não ter se acostumado com a outra cachorra... A duff, a peguei faz quase cinco anos. Pequena também, sempre foi muito brincalhona e muito medrosa. Descobri um dia desses que ela é uma cachorra tímida, e bobona também. Eu carreguei ela para casa no meu colo, a mimei, quando à apresentamos ao thor ele parecia pai dela, sempre um amor. Ela tem um vicio engraçado por bolas e costuma tentar pegá-las com a mão. O que é engraçado e extremamente bonitinho.

Quando fico sozinha em casa e não me sinto bem, seja lá por qual motivo. Vou para o quintal e fico com eles, deito com eles, beijo eles, sou beijada por eles, eles deitam em cima de mim. E a coisa mais fantastica desses animais... Me olham nos olhos por um bom tempo. E lá dentro desses olhos eu vejo um amor e um carinho incrível, sem crueldades e nem ambições. Sempre que vejo o filme “Marley & Eu” não resisto à agarrar meus cacorros e me encher de pelos, chorar feito uma criança e falar com eles como se me entendessem... e eu sei que entendem. Abraço eles bem fortes e sinto um afeto reciproco, eles encostam o rosto no meu, não saem do meu lado e ficam observando. Tem olhares inocentes e muitas das vezes eu posso apostar que vi um sorriso naqueles focinhos. Quando há a brincadeira de morder eles modificam a intensidade dependendo de com quem é, o que é incrível. Não forçam nada o maxilar quando é comigo, já com meu pai e meu irmão que sempre brincaram com ele como selvagens ele força bastante, deixa marcas... mas nunca machuca. São meus monstrinhos. Meus pequenos grandes monstrinhos. E o maior motivo para eu escrever um texto como esses é para que eu possa ler e lembrar que ao escrever, passava as mãos por seus pelos mácios. Lembrar do que é aquele olhar, aquelas patinhas monstruosas e aquele carinho e amor sem pedir dinheiro nem nada que esse bichinhos lindos tem por mim.

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