quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Apenas Amor.

Este é o primeiro texto escolar que será colocado neste blog, provavelmente o primeiro de poucos. Colocarei aqui pois achei o assunto de muitíssima importância em minha vida, e usei argumentos dos aceitáveis até os menos usados. É uma AVD de religião, o texto é argumentativo, pouco lírico — que é mais a minha praia — mas ainda assim considero, hoje, um dos meus melhores. Pelo conteúdo e significado que tem para mim. Foram feitas as seguintes perguntas na proposta do trabalho:

"Ainda Há espaço para Crer em Deus? Para onde estamos caminhando? Aonde isto nos levará? Como isso repercute nossa vida?"



Desde muitos séculos atrás o ser humano é perseguido pelo chamado Materialismo, no qual temos cada vez mais o desejo de ter posse material. Esta busca desenfreada afasta o ser humano de Deus sim, pois, como o conhecido trecho bíblico — e tema da campanha da Fraternidade deste ano de 2010 — diz, “não se pode servir a Deus e ao Dinheiro”.

É fácil de entender, em meio aos problemas ambientais que o mundo tem enfrentado; milhares de pessoas morrem por dia, casas são destruídas, mares invadem terra e assim por diante. Então, se estamos num local e somos avisados que em poucos minutos ele estará debaixo do mar queremos sair o mais depressa de lá, porém, há poucos e pequenos barcos. Em um grupo de doze pessoas, se cada um levar suas posses materiais, apenas seis caberá num bote, ou seja, para se salvar é preciso abandonar os objetos e valorizar as pessoas. Quem ainda assim decidir por ficar com seus pesos a mais nos bolsos permanecerá na terra esperando a morte vir.

O materialismo pode nos afastar de Deus, do amor, das pessoas, mas jamais tornará nada disso inútil. Pode-se ter toda a tecnologia mais avançada, mas energia elétrica sozinha não supre a necessidade do homem. É preciso se igualar a todo e qualquer ser humano da terra, de toda e qualquer cor, de toda e qualquer religião, se igualar aos que tem crença e aos que não tem. Verdadeiramente não importa em qual Deus, energia ou ser vivo é colocada a Fé de cada um, mas o verdadeiramente importante é resumir a maior força universal ao amor. Sem luz não se vive, sem água não se vive, sem sangue não se vive e sem amor também não. Não importa a que é direcionado esse amor, nem o tipo, se é à pessoas, à animais, à crenças, não importa. O que derruba uma vida é achar que se pode amar um pedaço material duro e oco, que se pode viver apenas disso.

Ultimamente temos caminhado cada vez mais para a Luxuria, vaidade e ignorância. São poucos os que se afastam dos prazeres egoístas e realizam a entrega do amor ao próximo, a entrega da luta pelo mundo. Tantos erros foram cometidos pelo homem e hoje ele só sabe chorar pelo que fez. Chorar e temer não é o errado, errado é achar que porque o mundo está chegando ao fim do poço deve-se comer demais, buscar satisfazer egocentricamente e de forma egoísta a si próprio e esquecer de olhar nos olhos daqueles que sempre estiveram ao nosso lado. Amar a si mesmo passa longe de esquecer o mundo.

Quando alguém não acredita em Deus, esqueça a nomeação e pergunte “Você acredita no amor? Então ame.” Não se pode amar um objeto, pois ele nunca o amará de volta. Se apenas uma pessoa existisse em todo o mundo não haveria necessidade de celulares, intelectualidade, computadores, roupas. Tudo que foi, é e será criado nesse mundo é com o intuito de aproximar cada vez mais as pessoas, de dar funcionalidade a vida. Um ser sozinho na terra só viveria se não pensasse, pois sentiria falta de algo que não conheceu, falta de um outro alguém para mostrar suas habilidades, para se comunicar através de um telefone ou computador, para demonstrar seus belos movimentos sobre um palco, para ensinar e compartilhar sua sabedoria, para olhar nos olhos e sentir um bendito hormônio circular por seu corpo causando um nervosismo conhecido por todos.

Um ser sozinho não é ninguém, duas pessoas sozinhas são tudo. E onde fica o mal no meio disso tudo? É fácil de entender, o mal surge quando um de dois descobre o prazer e ao contrário de dar seu amor ao outro e querer que este outro sinta o prazer, seja lá de que tipo for, é procurar sua própria felicidade passando por cima do outro, um alguém sozinho não é nada. Quando alguém tentar passar um ano sozinho, longe de todos que já conheceu ou poderia conhecer esse alguém enlouquecerá, amar somente a si é dar as costas para o mundo, e quando se dá as costas para o mundo, você não o vê, vê apenas o vazio e o vazio é a agonia, é a solidão, é o medo, é o escuro, é a depressão. Quando se está sozinho num lugar sem luz o medo nos toma de nos paralisar, quando estamos com um outro alguém nos tornamos um tanto mais corajosos, porque simplesmente sabemos que no meio de tudo que não vemos tem alguém, não é um vão, não é um nada. Ninguém é verdadeiramente autosuficiente.

O que chamamos de Deus é o que conhecemos por amor, ninguém vê uma imagem, mas a sente, ninguém ouve o som, mas o sente, ninguém sabe verdadeiramente explicar, mas todos conhecem. Todos tememos, todos queremos, todos algum dia quisemos nos afastar dele, todos algum dia quisemos que isso sumisse e afirmamos “não existe”, mas sempre nos tornamos infelizes sem, sentimos falta de alguma coisa, perdemos o rumo do mundo. Quer saber o que é inferno? Se afaste de todos os seres vivos, tranque-se numa enorme casa quadrada e minimalista de metal com milhões de tecnologias, conheça a inutilidade disso tudo. Quando morremos levamos conosco aquilo que mais amamos, amarrado em nossos corpos ficam correntes presas ao que afirmamos que não viveríamos sem. É isso que é o inferno, um lugar vazio, uma solidão dentro de nós e a sensação de que há alguma coisa linda lá fora, mas que você não ouve e nem vê... porque na vida você nunca quis sentir. O inferno do morto é o ócio da vida.

“Há quatro perguntas de valor na vida... O que é sagrado? De que é feito o espírito? O que é importante na vida, e por que vale a pena morrer? A resposta para cada uma é a mesma.” http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=105025235

2 comentários:

  1. você leu dragões de éter?
    um livro de escritor brasileiro, cuja citação a cima (e mais milhares lindas como) vai no terceiro volume da série.
    se naão leu, procure dar uma olhada, vc vai gostar, é um dos meus livros favoritos.
    belo blog, tô seguindo.
    beijos ;*

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  2. Mesmo? Não, nunca li. Mas vou procurar ler, deve ser muito bom mesmo! Obrigada pela dica, *-*.
    Beijinhos, ah, e obrigada por seguiir.

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