domingo, 19 de setembro de 2010

Amor, só.

ㅤㅤㅤMeu coração pesa nos braços de um relógio obsoleto. O mesmo pulsa envergonhado, amedrontado pelo fogo da vivência. Se desespera na incerteza da resposta e chora ao me ouvir falar. Só eu sei o quanto pesa carregar de mãos atadas, sobre o penhasco da timidez, um coração tão enrolado. Só eu sei o quanto dói entregar com falsa tranquilidade amor que deveria ser meu.
ㅤㅤㅤO Relógio está parado, o ponteiro está correndo e o tempo passa devagar. Se enrijece outra vez, coração, pois, o fundo do poço aguado tem vindo a mim como lembrança bucólica e despreocupada, lá ao menos o vento da vida não passava por mim.

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ... Nada passava também
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤSem fé ou amor, só dor desconhecida...

Dor que se finge estranha, pro outro não conhecer, não reconhecer fantasiada, de amor. Com medo de perder, então a prende e não mostra.

E se perde, a perde.

E se isola, fica só
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤE é só
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤSó amor.

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