sexta-feira, 8 de abril de 2011

Regalia que me cega inutilmente. No confortar-se com os repugnantes modos vejo-me hoje sem saída, sem respaldo. Perdida num campo de rosas minadas, que mimadas com minhas trevas relutantes não se cansam nunca dessa vida sem pudor.
Um só segundo agindo inutilmente, do mesmo modo que sempre foi, e então tremendas horas suspirantes fazendo-me cansar daquilo que eu mesma havia me tornado. Afinal de contas, sou eu aquela que vejo no espelho quando estou a sós, cá com meus devaneios de loucura ou de medo do fogo que consome o mundo, ou aquela em chamas, perdida num espaço vago de amargos gestos?
É de doer tanto que me sinto prendendo lágrimas pra fingir estar bem. O que tanto via nessa vida repleta de passividades? Vejo-me em dois distintos meios, querendo sempre pender pra um lado apenas, mas me prendendo um tanto no outro por medo da agonia de estar só em meio a tantos antes companheiros.
Diz-me o que dizer, Elo grande que hoje me conforta. É tudo que peço aos mais altos céus que possam me ouvir. Pois hoje me sinto usada, por um lado meu que tento aos prantos apagar. Divino alegre que me acalenta, sou tua e jamais serei deles. Ainda que outrora jamais, também, tenha sido. Um só membro do outro lado do muro é o suficiente para fazê-lo sorrir, aquela besta que brandamente arde em seu fogo que assassina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário